Relacionamentos descartáveis
Se eu te perguntasse agora, você saberia me dizer quando foi a última vez que você gostou realmente de alguém?!?!
Tudo bem. Esta pergunta pode até ser fácil. Principalmente se você for uma pessoa carente.
Agora uma outra pergunta rápida: e quando foi a última vez que você gostou de alguém que gostava de você também?
Olhe só. Essa pergunta já é mais complicada.
E mais uminha só: e quanto tempo durou o seu relacionamento com esta pessoa?
Garanto que esta última pergunta faz muitas pessoas sentir a vontade de enfiar a mão traquéia abaixo, até alcançar os rins, e trazê-los até a boca!
Exagero meu? Não, não.
Isso, infelizmente, é a mais pura realidade.
A onda dos “relacionamentos descartáveis” está tão grande, que exagero nenhum seria suficiente para enfatizar o tamanho de sua aplicação na sociedade atual.
Garotos e garotas (para não mencionar muitos homens e mulheres) simplesmente estão adeptos de corpo e alma ao “ficar”, e este “ficar” tem uma repercussão tão grande, que mais do que uma noite de beijos e abraços (e às vezes até mais do que isso) pode significar “compromisso”, e “compromisso” pode vir a ser namoro, e Ave Maria, esse namoro pode chegar até a casamento!
Portanto, não se vê problema nenhum em sair com os amigos, galinhar (e isso para ambos sexos), e voltar para casa no final da noite com o maior número possível de “pontos marcados”.
E indo mais longe ainda, pergunte ao seu pai ou a sua avó. O número de inícios de namoros antigamente era bem maior do que os atuais. E de cinco anos pra cá também. Ou seja, a maioria dos relacionamentos “duradouros” de hoje vêm de uma época um pouco mais distante.
E não adianta só culpar os homens por essa “falha”. As mulheres são, sim, as maiores responsáveis por isso.
Quando um homem começa a sair com uma mulher, e após um tempo se interessa por outra, e passa a sair com as duas então, e a “titular” (se é possível chamá-la assim, diante da situação) descobre,... ai, ai, ai! Briga na certa, você pode pensar agora. Mas não! Muitas mulheres aceitam isso. Ou seja, elas predispõem os seus “ficantes” a saírem com outras pessoas, pois isso se tornou “normal”.
E num mundo onde as coisas estão se tornando relativamente fáceis, para quê buscar as mais difíceis?!?!
Certo, eu posso até entender este ponto de vista. Porém (ah, para tudo se tem um ‘porém’), isto é realmente bom para alguém?
Subtende-se que o que é fácil, é melhor, pois requer menos esforços e menos dispêndio de energia. Mas, e aquela graça da luta? O gostinho de ter batalhado por algo? Nenhum relacionamento é fácil.
Mas, infelizmente, poucos pensam assim. É tão simples sair num sábado e ficar com alguém, depois no próximo final de semana ficar com outras pessoas, e assim a bola de neve vai. E caso “engatilhe” algum relacionamento com alguém, e algum tipo de cobrança apareça, é muito mais fácil terminar e partir para outra (ou por quê não ‘outras’) a ter que se esforçar um pouco nesta relação.
Isso sem mencionar a “amorofobia” que muitos sentem. Pois é, o tradicional ‘medo de se apaixonar’, que assombra a vida daqueles que um dia já gostaram muito de alguém, e sofreram por ter entregado seus corações a pessoa errada.
A solidão é muito triste. E o mundo é muito cruel para que enfrentemo-lo totalmente sozinhos.
As pessoas deveriam compreender isso. E compreender que tendo alguém do lado, para gostar e respeito, tudo se torna tão mais fácil.
Porém, não se pode agradar a gregos e troianos, e infelizmente, minha única função aqui é demonstrar minha insatisfação com isso tudo.
Paciência.
(Escrevi esse texto hoje, porque vi as demonstrações de amor entre a Bruna e o Léo, e fiquei me perguntando porque a maioria das pessoas não tem isso...)
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home